quarta-feira, 10 de junho de 2009

Eu e eu

- É alguém que está aí dentro?
- Nada que você não acredite. Talvez sua única casa. Se aproxime, posso ajudá-lo a tirar isso de você...Ou fazê-lo sentir novamente.
- Calma, eu preciso respirar, buscar uma linha de raciocínio. Pode ser que mostre onde?
- Isso não é intangível, mas temos que ver com outros olhos, carregados de possibilidades.
- Será o bastante? Existe algo além do que vejo.
- As janelas estão interligadas como correntes de pensamento. Os vícios, manias, costumes...
- Intorpecentes da massa. Quando eu estava em sanidade sentia que podia ser diferente. Agora vou no mais longínquo infinito e...Por que pareço estar em sono profundo?

2 comentários:

Anônimo disse...

fantástico!

andressa (amitá) disse...

"Um dia um homem bateu à porta da Bem-Amada e uma Voz lá de dentro perguntou:

- Quem é?
E ele respondeu:
- Sou eu.
A Voz então disse:
- Vá! Ainda não é hora. Esta casa não contém espaço para o bruto.

E a porta continuou fechada.
Então o Amante foi para o deserto e na sua solidão jejuou e meditou por um longo período. Depois de um ano, retornou e bateu novamente à porta. E de novo a Voz perguntou:

- Quem é?
E o Amante respondeu:
- Eu...Eu sou tu!
- Bem, se tu sou eu, venha a mim mesmo.
E a porta foi-lhe aberta."

(Maulana RUMI in "Poemas Místicos" - texto adaptado ao roteiro de uma peça de teatro que desenvolvo desde o ano passado. Venho pesquisando o Rumi a 4 anos se te interessar..fica o convite =])